Defender que treinamento e desenvolvimento é um dos pilares para o sucesso das organizações, não é novidade alguma. Existe consciência em quem empreende de que o crescimento dos resultados passa pelo crescimento das competências do time e essas, por sua vez, precisam estar intimamente alinhadas com as estratégias do negócio.
Certamente se percebe, nas últimas décadas, uma maior dedicação das empresas em desenvolver os seus colaboradores. Entre vários fatores que contribuem para este aumento, destaco o crescimento da oferta de cursos de curta, média e longa duração (incluindo aí os cursos técnicos e superiores) e o incremento da tecnologia, permitindo cada vez mais a flexibilização desta oferta, com destaque a prática do ensino à distância.
Estes avanços têm permitido às empresas e profissionais exercerem maior preparo para os desafios do mundo corporativo. Entretanto, ainda há significativa distância entre o discurso e a prática efetiva. Como contribuição ressalto três aspectos a serem observados para que se aumente essa efetividade:
- Quais competências chave da organização necessitam de constante desenvolvimento? Por exemplo, se o negócio é uma oficina mecânica, conhecer sobre as atualizações tecnológicas dos automóveis é essencial para a entrega dos serviços prestados, mas também saber para onde está indo o mercado de automóveis é fundamental para a perenidade do negócio.
- Como identificar claramente quais são as necessidades de capacitação da empresa? A origem das necessidades vem dos processos da empresa, o que nos leva à equação: (“o que precisa ser feito” + “quais competências necessárias para fazer”) – (qual o nível de competência atual de cada pessoa da equipe”) = “lacunas de necessidades de capacitação da equipe”.
- Como definir as prioridades de capacitação e quem deve ser preparado? Quanto as prioridades, a relevância está no que gera mais impacto direto no resultado. Já quanto a escolha de quem deve ser preparado pode estar associado diretamente às funções exercidas, como também ser um modo de reconhecimento ao profissional. Assim capacita-se com mais objetividade e se otimizam os recursos investidos.
O efeito dessas ações na organização é o fortalecimento da cultura do aprendizado contínuo. Tão relevante quanto reter os talentos é reter, atualizar e disseminar o conhecimento corporativo. Todas as empresas têm a cada ciclo diário, semanal, mensal… a oportunidade de aprender com o resultado do seu desempenho e, com isso, transformar a empresa em um ambiente que aprende e ensina permanentemente.