Quem lidera sabe que o autocontrole emocional é necessário para gerar confiança e influenciar positivamente as pessoas, visando um resultado melhor o mais rápido possível.
Você provavelmente já percebeu que inexistem condições ideais e decidir sob pressão é um padrão repetitivo, utilizando as informações disponíveis e um adequado nível de autodiscernimento. Mas quando a emoção tira você do sério as coisas complicam, certo?
Primeiro é importante saber que o autocontrole é muito diferente de reprimir as emoções. É a capacidade de manter a organização mental, produzindo uma atitude capaz de manter o caos externo numa distância segura para permitir que o raciocínio se desenvolva com objetividade e clareza.
A capacidade de correr riscos calculados, mantendo o autorrespeito para respeitar e a competência para assumir as consequências, emerge da inteligência emocional desenvolvida ao longo da jornada evolutiva do profissional.
É um processo importante e imprescindível o autoconhecimento para se liderar, sendo o verdadeiro poder no exercício da liderança. Um autopoder que supera o poder externo, encarando as situações desafiadoras para aprimorar o crescimento pessoal e coletivo.
A autoliderança no mundo profissional repercute no mundo pessoal e vice-versa. Funciona tal qual uma lente que identifica cada situação no seu devido contexto, analisando o melhor modo de atuar e identificar o caminho para solucionar o que for necessário.
Profissionais quando respondem para uma pessoa que exala autoliderança, demonstrando a capacidade de utilizar métodos de resolução de problemas sem atacar ou buscar culpados, aderem voluntariamente ao engajamento, influenciados pelo bom exemplo a ser seguido.
Desenvolver autoliderança é desenvolver a autoconscientização emocional, identificando o tipo de emoção que emergiu sem reagir instintivamente. É um desafio no início, pois a emoção é instantânea, sendo impossível ser insensível a ela.
No entanto, digerir uma emoção é um processo racional e os sentimentos que emergem após a emoção se estabelecer, precisam ser controlados pelo raciocínio, evitando produzir pensamentos que piorem o ambiente mental. Em resumo, é tirar a mente do piloto automático quando sentir qualquer desconforto emocional.
Fisiologicamente há uma alteração no metabolismo, devido a uma descarga na corrente sanguínea de substâncias produzidas no cérebro correspondentes à emoção sentida, atingindo órgãos específicos.
Há um tempo para a digestão destas substâncias pelo organismo. É nesta fase que quem lidera deve saber exatamente o momento de calar, dominando o instinto durante a descarga que estimula uma reação impensada. Dominar esta fase é o início da autoconscientização emocional.
Após, é possível o autogerenciamento emocional para decidir o modo e o momento de reagir. O cuidado nesta fase é evitar a ruminação mental, desconstruindo pensamentos que confirmem o incômodo emocional.
É assumir a humanidade acima da animalidade da mente, na prática da liderança. Quando se acessa a sala de comando da mente racional, a mente emocional se submete, independente de ser a que rege em milésimos de segundos.
E assim nasce a autoliderança, colocando o humano no controle de sua mente e a serviço do coletivo. O caminho para autorrealização pode ser muito agradável quando se compreende o próprio funcionamento.
Voltarei em breve com mais informações!